segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pequena menina, grande mulher

Sim, eu preciso de tratamento, só não achei nenhum ideal para o meu tipo de loucura. Sou carente, sou sozinha, sou sincera, sou feliz, as vezes sou triste, sou o extremo e o minimo. Ou talvez eu não seja nada disso.
As vezes preciso de um tempo só para mim, com minha xícara, meus livros, minhas músicas, e minha depressão. Gosto da solidão. Do silencio. Gosto do barulho ensurdecedor que minha mente produz. Talvez ninguém possa compreender, minhas crises, minhas manias, minhas palavras, meus desenhos. Talvez nem eu entenda. Mas pra que entender?! Gosto de flores, gosto de ver a maneira que elas envelhecem, secam, e ainda continuam belas, mesmo sem vida. Gosto da vida, mas o que mais me atrai é a morte. Pareço jovem, mas sou velha, sim almas sofridas envelhecem mais rápido que o corpo. O meu tem 19, minha alma, só Deus sabe. Tadinha dela, já não aguenta mais essa vida. Nem eu. Mas eu invento um jeito, de tornar as coisas divertidas. Sim eu sou cruel muitas vezes, mas tenho um coração bom de mais sempre. O que não torna fácil a vida da minha mente. De-mente. Ela é irônica, grossa, sincera, e irreal. Penso de mais. Durmo de menos. Como de mais. Meu coração não costuma acelerar, geralmente ele tem o efeito contrario, quase para. Ai volta suavemente ao seu ritmo normal. Normal. Eu gostaria de ser normal. Mas nunca conheci ninguém que me fizesse assim. Acho que o normal fugiu com a perfeição. E ai o mundo virou esse caos. De pessoas iguais, pensando ser diferentes, por egoismo puro. Afinal, tudo que diz respeito a si mesmo, fará mais sentindo, será mais sentido, do que com qualquer outra pessoa. E ninguém consegue se entender, na verdade são poucos que tentam. Preferem entender os outros, sem entender que sem se compreender, nunca irá compreender realmente alguém. Mas isso já é papo de louco, e eu certamente não sou louca. Só sou eu, uma pessoa qualquer, que você não vai entender. E não, eu não quero entender ninguém. Prefiro ler um livro e tomar uma xicara de café. Se você não pode conviver comigo, então vá embora. E não ouse interromper minha leitura, só para dizer adeus. Adeus.

Melissa Lobo.

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