sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Escrever me liberta


- Porque você escreve?

- Como assim porque eu escrevo?
- Ueh, porque você escreve, qual o motivo de sentar na sua cama com seu caderno e escrever, tantas coisas, das quais você escreve, textos, poemas, canções, cartas e sei lá mais o que você escreve, são tantas coisas, que eu gostaria de saber o porque...
- Eu certamente poderia te responder, escrevo porque gosto, ou poderia lhe dizer que escrevo pra alguém, mais esse não seria o real motivo de eu escrever.
- Então me diga qual o motivo


- Não há motivo, eu simplesmente escrevo, vem de uma força maior da qual eu possa controlar, escrevo o que sinto, sem um porque, sem um pra quem, sem um porém, eu só escrevo. Escrevo tudo aquilo que minha alma pode experimentar, e tudo aquilo que um dia já desejei, ou ainda desejo ser, escrevo aquilo que eu nunca fui, mais que de alguma maneira eu pude sentir. Escrever nem sempre me faz bem, às vezes, confesso que na maioria delas, escrever me faz sofrer, vem da solidão. Mas não é uma solidão depressiva, é só aquela solidão que todos sentem diante do vazio e da escuridão. Uma solidão que por mais que haja amor e alegria, sempre vai existir, nem que seja no lugar mais secreto de um coração, é aquela solidão que faz do ser humano um ser sozinho, e completamente dependente. È uma solidão que nos torna tão diferente um dos outros, e ao mesmo tempo nos torna todos iguais.
- Não sei se entendi
- Não há o que entender, você só precisa sentir, isso basta. Porque escrever me trás liberdade.



.-.Melissa Lobo.

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